Goiânia, quarta-feira, 27 de novembro de 2002. Ontem, 27 de novembro, foi o "Dia do Engenheiro de Segurança do Trabalho", data comemorada desde 1985. Para Nelson A. Burille, presidente da Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest), a categoria tem bons motivos para comemorar a data:"Somos a única área da engenharia e da arquitetura que além de se preocupar com projeto, construção e sistemas de operação, volta sua atenção ao trabalhador, procurando preservar a qualidade do ambiente de trabalho para evitar acidentes e doenças decorrentes dele".Burille lembra que no Brasil, por dia, cerca de mil pessoas se acidentam durante a jornada de trabalho. Desse montante, perto de 90, morrem. O que revela a importância dos cuidados a serem tomados na prevenção. "Só conseguiremos continuar reduzindo o número de acidentados, se as empresas responsáveis pela instalação de redes elétricas e telefônicas, por exemplo, além de fornecer equipamentos de proteção adequados, treinarem e qualificarem seus trabalhadores para suas funções".O presidente da Anest diz que nos últimos 30 anos, o número de acidentes em ambiente de trabalho já reduziu 18 vezes e para que essa redução continue, colocando o Brasil como um dos países com menor número de acidentes, "é necessário a realização de campanhas educativas, veiculadas não só na imprensa, mas nas fábricas, escritórios, escolas e comunidade, através de folhetos educativos, a fim de que os próprios trabalhadores saibam que podem e devem cobrar das empresas, cuidados com sua vida, criando uma cultura prevencionista. Isso é um direito constitucional. As empresas são obrigadas a promover ações visando a redução de acidentes de trabalho".Burille lembra que o engenheiro de segurança do trabalho é um profissional graduado em engenharia ou agronomia e pós graduado na área, sendo a única pós graduação regulada por lei com atribuições próprias conferidas pelo Sistema Confea/Crea. "O engenheiro de segurança do trabalho é o único profissional capaz de fazer a prevenção nos ambientes de trabalho com técnica e segurança".Ele lembra ainda, que investimentos em segurança resultam, necessariamente, em trabalhadores satisfeitos e maior produtividade, em função da qualidade do ambiente em que passam boa parte do dia. "O capital humano é o maior bem de uma empresa é preciso cuidar dele para o bem da própria saúde da empresa".Apesar da redução, no ano passado 2.560 pessoas morreram em função de acidentes de trabalho, em 2000 foram 3.094. Já os acidentados que foram 300 mil em 2000, formam um contingente de 280 mil ano passado. Maria Helena de Carvalho - Agência de Notícias Confea/Crea
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