Brasília, 5 de julho de 2016.

A manhã desta terça-feira (5/7) foi marcada pela apresentação dos integrantes do Grupo de Trabalho Matriz Energética Brasileira para 2050, do Confea, para os participantes do 2º Evento Preliminar à Conferência Água e Energia. Coordenador do Grupo, o conselheiro federal Marcus Vinicius Mourão explicou o motivo de o plenário do Confea ter aprovado a instalação do GT. “O Sistema Confea/Crea tem acompanhado atentamente a evolução do uso das diversas fontes energéticas e dos correspondentes avanços tecnológicos registrados em nosso país e no mundo, a viabilidade de sua implantação e o alcance de seus resultados, no sentido de propor medidas com vistas à otimização do desenvolvimento econômico e social brasileiro”. 

Acesse as fotos do evento preliminar ENERGIA (4 a 5 de julho)

Acesse as fotos do evento preliminar ÁGUA (4 a 6 de maio)

A fala do conselheiro Marcus Vinicius antecedeu a apresentação do coordenador-adjunto do grupo, Jovanilson de Freitas, que fez um resumo sobre o andamento dos trabalhos do grupo. “Esse GT surgiu de uma proposta da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica [CCEEE] ainda no ano passado”, afirmou Jovanilson, que à época coordenava a Coordenadoria de Comissões de Ética. Hoje, Jovanilson coordena a CCEEE. Em sua explanação, o engenheiro eletricista traçou um panorama histórico do sistema energético brasileiro desde a implantação da telefonia e dos bondes elétricos no Brasil, no fim do Século XIX, até a criação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em 2004. “Precisamos conhecer o que temos para falar dos reais objetivos do setor. Temos de entender quais são as opções e as oportunidades de mercado”. Para ele, as engenharias elétrica, mecânica e civil devem trabalhar em equipe para o aprimoramento do setor elétrico brasileiro. Confira a apresentação completa.

Antes da solenidade de encerramento, os palestrantes do dia anterior sentaram-se à mesa diretiva e participaram de mesa-redonda, quando puderam interagir interdisciplinarmente para responder às questões dos participantes. Ao fim da reunião, no horário de almoço, o GT Matriz Energética se reuniu para sistematizar os conteúdos gerados no evento, como previsto em seu plano de trabalho.

PALESTRAS TÉCNICAS

Tendências da energia eólica

Na palestra “Energia eólica: status e perspectivas”, o eng. eletric. Osvaldo Soliano, sócio-fundador do Centro Brasileiro de Energia e Mudanças Climáticas (CBEM), destacou a importância de se investir em fontes de energia renovável, a fim de cumprir o Acordo de Paris (COP 21). “Entre os compromissos assumidos pelo Brasil estão a expansão do uso de fontes de energia não fóssil; ampliação da parcela de energias renováveis, além da hídrica, no fornecimento de energia elétrica para ao menos 23% até 2030, inclusive pelo aumento da participação de eólica, biomassa e solar; alcance de 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico até 2030”, comentou.

Ao falar sobre tecnologias do setor, Soliano listou algumas novidades. A tendência é de que as pás de produção de energia sejam cada vez mais implementadas na superfície do mar – como alternativa à superfície terrestre – ou em níveis de alturas maiores. “Hoje já se fala inclusive em estruturas modernas, sem pás e mais leves”, exemplificou. Para conhecer outras tendências relativas à energia eólica, acesse a palestra. 

Energia solar

Tecnologias e tendências do setor produtivo de energia solar foram apresentadas pelo eng. eletric. Wagner Gurgel Filho, da empresa ATME l Eco-Solutions. Além do modelo convencional, aplicado a residências, comércio, indústria e condomínios, o mercado tem desenvolvido soluções mais inteligentes que permitem a otimização do sistema, com controle mais aprimorado. Sistemas mais leves também já são uma realidade. “Além de design inovador, pesam dez vezes menos que o sistema padrão. A instalação é de baixo custo, mais fácil e rápida”, explicou o Gurgel Filho. Saiba mais sobre essas tecnologias na palestra.  

LEIA SOBRE AS QUATRO PRIMEIRAS PALESTRAS DO EVENTO

Encerramento

Último a falar no evento, o presidente do Confea, eng. civ. José Tadeu da Silva, finalizou os trabalhos reafirmando o papel da Engenharia e Agronomia na discussão da água e da energia. “Somos nós que temos a solução. Nós existimos para resolver os problemas da sociedade. Nós temos a oportunidade de mostrar às autoridades competentes que somos a solução para o país”, defendeu. “Nós, profissionais – com nosso conhecimento, sabedoria e notório saber – temos que fazer com que água e energia formem uma ponte para a paz”.

Confira na íntegra o discurso de encerramento de José Tadeu da Silva:

Beatriz Leal e Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Sandro Rogê