Palmas (TO), 17 de setembro de 2019.
Criado em 2015, pela presidente Dilma Roussef e pela então ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PDT-TO), o Matopiba, território de desenvolvimento agrícola, delimitado pela Embrapa, é formado por 337 municípios dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – daí o nome –, foi o tema da palestra que a agora senadora Kátia Abreu apresentou na manhã da terça-feira (17), abrindo a programação da 76ª Soea.
Ao iniciar a palestra, Kátia agradeceu ao eng. civ. Joel Krüger, presidente do Confea, por ter apoiado a iniciativa do eng. civ. Marcelo Maia, presidente do Crea-TO, na realização da Semana. Para a senadora, Tocantins é “terra das oportunidades” e o Matopiba “foi sonhado, realizado e construído por muita gente”. Trata-se da “última fronteira agrícola do país (...) com potencial de 6 milhões de hectares irrigáveis”, defendeu.
Kátia destacou que a produção agrícola tem aumentado sem desmatar: “Temos 70% de áreas preservadas”. Ela informou que a expansão das áreas para plantio se deve à tecnologia e à transformação de campos destinados para agropecuária.
“O Matopiba tem desenvolvimento sustentável e transforma terra degradada em produtiva”, afirmou a senadora, que pontuou como desafios a falta de infraestrutura necessária para dinamizar a produção e seu escoamento, e o alto custo da energia elétrica. Para Kátia, “Matopiba é uma realidade e os produtores nativos, os pequenos e os médios podem ser inseridos na prosperidade do agronegócio”.
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Produtividade crescente
Segundo dados do IBGE, Censo/2010, Matopiba tem uma área de pouco mais de 73 mil ha, 325.326 estabelecimentos que produzem soja, bovinos, algodão herbáceo, milho, arroz e leite de vaca e uma população de 5.901.789 habitantes, dos quais perto de 4 milhões vivem na área urbana e 2 milhões na área rural. A área, até pouco tempo considerada sem tradição em agricultura, tem chamado atenção pela crescente produtividade.
Perfil
Nascida na capital goiana, foi no norte do estado de Goiás – hoje Tocantins – que Kátia Abreu, psicóloga por formação, se embrenhou para criar os três filhos e cuidar da propriedade rural e do agronegócio – agropecuária – da família, depois da morte do marido, num acidente de avião em 1987.
Até chegar ao cargo de senadora reeleita pelo PDT-TO, a empresária, pecuarista e política presidiu o Sindicato Rural de Gurupi, por três mandatos foi presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), foi eleita deputada federal, ocupou a função de ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e foi candidata à vice-presidência da República na chapa formada com Ciro Gomes, nas eleições de 2018. Quando ministra, assinou junto à então presidente Dilma Rousseff o decreto (8447/2015) que criou a denominação “Matopiba”. Saiba mais sobre o Matopiba.
Reportagem: Maria Helena de Carvalho (Confea)
Edição: Beatriz Leal (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 76ª Soea
Fotos: Damasceno Fotografia/Confea