Em sua décima edição, CNP volta seu olhar para fora do sistema profissional

Iniciou, na manhã desta quinta-feira, 8/8, a Etapa Nacional de Sistematização das Propostas para o 10º CNP. Direcionadas a um público formado pelos 27 coordenadores dos Congressos Estaduais de Profissionais, as falas da solenidade de abertura tiveram um ponto em comum: a necessidade de o sistema profissional dialogar com a sociedade, com o governo e com as empresas.

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“O que tem acontecido é que, às vezes, queremos discutir questões internas no CNP”, comentou o chefe de Gabinete e coordenador do Grupo Técnico de Trabalho para apoio à Comissão Organizadora do 10º Congresso Nacional de Profissionais – CON10CNP, Luiz Antônio Rossafa, antes de pontuar que a edição de 2019 do Congresso faz uma forte reavaliação temática. “A resolução que regulamenta o CNP é muito clara: o Congresso deve abordar temas relativos ao país, sobre como inserir a Engenharia nos debates de construção e de desenvolvimento da nação”. De acordo com Rossafa, as propostas aprovadas na etapa final do Congresso embasarão discussões com ministros, senadores, comissões da Câmara dos Deputados etc. “Queremos participar de audiências públicas distribuindo conteúdos que tenham a cara da Engenharia brasileira”.

 

 

Entenda como funciona o CNP

Em 2019, os 295 encontros microrregionais e os 27 congressos estaduais somaram 510 propostas. Nesta semana, os coordenadores dos CEPs sistematizarão esses textos, de maneira a compor uma pauta eficiente para a etapa nacional do Congresso, a ser realizada de 19 a 21 de setembro, em Palmas (TO), logo após a 76ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia – Soea. “Agora, o grande desafio é fazer com que essas 510 propostas estejam encaixadas nos eixos temáticos do Congresso”, disse o superintendente de Integração do Sistema, eng. eletric. Reynaldo Barros. Tendo como tema central “Estratégias da Engenharia, da Agronomia e das Geociências para o desenvolvimento nacional”, os eixos temáticos são: inovações tecnológicas; recursos naturais; infraestrutura; atuação profissional; e atuação das empresas de Engenharia. 

Da esq. p/ dir.: Nepomuceno, Barros e Rossafa


Durante esses dois dias de encontro, os coordenadores dos CEPs estão divididos em grupos de trabalho - um para cada eixo temático – e trabalham a organização, consolidação e eventual aprimoramento dos textos. Para garantir a eficiência do trabalho, um grupo técnico formado por 14 analistas do Confea realizou a pré-sistematização dos textos. “Esse esforço não substitui o trabalho dos coordenadores regionais, que, institucionalmente, têm o poder deliberativo”, explicou o coordenador da pré-sistematização, arq. Henrique Nepomuceno, durante apresentação logo após a solenidade de abertura. “A gente ‘mastigou’ o material, para que os senhores tivessem mais facilidade para trabalhar hoje a amanhã, afinal, é um volume muito grande de conteúdo para um dia e meio de trabalho”. O grupo coordenado por Nepomuceno envolveu analistas das diversas profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, além de uma arquivista profissional, essencial para o trabalho de categorização e organização dos conteúdos. 

Nepomuceno esclareceu que a equipe não tratou do mérito das propostas. “Foi uma análise técnica sobre se a proposta se encaixava em algum dos eixos temáticos, e, em caso positivo, em qual deles”. São 34 as propostas prioritárias apontadas pelo grupo, que serão sistematizadas para o CNP. Os demais textos não se encaixaram nos eixos temáticos propostos para esta edição do Congresso. “As propostas não incluídas na pauta não serão descartadas. Elas terão um encaminhamento interno-administrativo e ajudarão a subsidiar o planejamento e as ações do Confea”, explicou o coordenador. Um exemplo mencionado foi a proposta de se desenvolver um sistema informatizado e integrado de emissão de ARTs, a ser tratado internamente pela Gerência de Tecnologia da Informação do Confea. 

O analista do Confea Henrique Nepomuceno coordenou grupo técnico de pré-sistematização das propostas


A ideia de se trabalhar uma pauta mais enxuta vai ao encontro da necessidade de se fazer um CNP focado para o universo externo ao sistema profissional, que trate de políticas públicas e de desenvolvimento nacional. “Sabemos que temos questões internas que precisam ser solucionadas. No entanto, com o CNP, podemos olhar para fora e ver as oportunidades de crescimento, identificar temas em pauta nas discussões nacionais, aprofundar o debate e estabelecer novos paradigmas”, acrescentou Nepomuceno. Poderão compor a pauta do CNP, no máximo, 60 propostas.

Beatriz Craveiro
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Marck Castro/Confea