Brasília, 22 de março de 2019.
A grave situação do bairro de Pinheiro, em Maceió, após a constatação de uma série de rachaduras nas ruas e imóveis e o enfrentamento de problemas como desocupação e controle de tráfego, desde fevereiro do ano passado, levou os parlamentares do Estado a promoverem uma audiência pública para tratar sobre o tema, nessa quinta (21). Representando o Sistema Confea/Crea com a assistência da assessora do Confea Sílvia Cunha, os conselheiros federais eng. prod. mec. Zerisson de Oliveira Neto e geol. Waldir Duarte Costa Filho consideram que será preciso apurar as responsabilidades, se forem constatadas causas relacionadas a atividades profissionais do Sistema.
Em fevereiro deste ano, durante ação parlamentar do Sistema, Zerisson foi uma das lideranças alagoanas a participar de uma reunião com a deputada federal Tereza Nelma (PSDB-AL), ocasião em que o presidente do Crea-AL, eng. civ. Fernando Dacal defendeu três possíveis causas para o fato: drenagem, extração de minério e/ou esgotamento sanitário. De autoria do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), que também havia sido visitado na ação parlamentar, a audiência contou com mesas sobre levantamentos técnicos, gerenciamento de danos, órgãos de controle e sociedade civil. “Durante a ação parlamentar, definimos os últimos passos desta audiência, que foi muito boa e que, de certa forma terá continuidade em abril, quando sairá o relatório conclusivo do Serviço Geológico Brasileiro – CPRM”, afirma o conselheiro Zerisson de Oliveira Neto.
Riscos de agravamento
A audiência contou ainda com representantes do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Mineração, da empresa Braskem e da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). “O Serviço Geológico fez uma brilhante apresentação dos seus estudos, onde ficou evidenciada a reativação de falhas na área de maiores danos do bairro Pinheiro, ocasionando os tremores e consequente rastejamento de um bloco que envolve os bairros vizinhos de Mutange e de Bebedouro, em direção à lagoa do Mundaú. Também apontou que a situação do bairro já é de calamidade”, descreve Waldir Duarte, informando que o modelo tectônico apresentado pela CPRM é “bastante compatível” com a realidade da região. “Outro ponto que deixou todos apreensivos é que a Defesa Civil do estado apontou que seria necessária a evacuação imediata da população, em caso de uma chuva de 30 milímetros”, complementa Zerisson.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea