Brasília, 18 de novembro de 2021.
Uma das perspectivas do 11º Congresso Nacional de Profissionais, a ser realizado em Goiânia, em conjunto com a 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, de 3 a 8 de outubro, o papel do engenheiro agrônomo na formulação e execução de políticas públicas norteou os debates do XIX Congresso Paranaense de Engenheiros Agrônomos, na tarde desta quarta (17). O evento, que conta com apoio do Confea, por meio do edital de patrocínio de estandes, ocorre desde terça até esta quinta (18) em Toledo (PR). O 11º CNP terá como tema “Desenvolvimento Nacional com Implementação de Políticas Públicas para a Engenharia, a Agronomia e as Geociências”.
A conselheira federal eng. agr. Márcia Laino representou o Confea no evento. “O Confea por meio de suas políticas de patrocínio e estandes tem contribuído financeiramente com as entidades de classe todo o Brasil. Esses patrocínios permitem que mais entidades de classe de todo o país realizem eventos e publicações que contribuem com a valorização de nossos profissionais”, disse, convidando os participantes a conhecer o estande do Confea, destacando o processo eleitoral, que pela primeira vez escolheu conselheiros pela internet, no último dia 11, no qual foi reeleito o também paraense engenheiro agrônomo Luiz Lucchesi, representando as Instituições de Ensino Superior, grupo Agronomia.
Debate
A discussão contou com convidados como o engenheiro agrônomo e senador da República pelo Rio Grande do Sul, Luis Carlos Heinze. O painel teve ainda a participação do presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Natalino Avance de Souza; do secretário de Estado do Turismo e Desenvolvimento Sustentável, Márcio Nunes; do ex-deputado federal e produtor rural Dilceu Sperafico, e do deputado estadual Rasca Rodrigues.
Nunes pontuou que a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável é a única do país. "Hoje somos reconhecidos como o estado número 1 em sustentabilidade ambiental. Desenvolvemos projetos e aceleramos muitos deles. O que antes levava 10 anos para acontecer, hoje se faz no Paraná em muito menos tempo. Essa é uma transformação que tem contribuído com o campo".
Souza destacou a importância das políticas públicas do ponto de vista da agricultura. "As políticas públicas não podem apenas ser restringidas às melhorias no sistema de produção. A gente precisa considerar diversos aspectos, como o social, o econômico e o ambiental, contribuindo para a geração de mais renda, mais qualidade de vida e também preservação ambiental".
Engenheiro agrônomo e deputado estadual, Rasca Rodrigues falou sobre a importância do papel do engenheiro agrônomo no processo legislativo. "Não precisa ser da política partidária, mas da política pública. Colocar o seu conhecimento, tudo aquilo que você aprendeu na faculdade, e colocar a serviço da comunidade. Porque quando beneficiamos a todos. Essa responsabilidade nós temos e precisamos buscar isso".
Heinze trouxe dados sobre importação e exportação e evidenciou o quanto o Brasil vem crescendo como referência em produtividade para o mundo. "O Brasil passou de importador de alimentos nos anos 70 para grande exportador. Conquistamos aos poucos esse mercado internacional e hoje exportamos para mais de 180 países. Seremos a maior nação agrícola do planeta. E os agrônomos têm papel fundamental nisso tudo".
Dilceu Sperafico lembrou de uma história de conquistas. "Temos que estar junto com quem representa nós agricultores. Heinze é a experiência de um agrônomo em Brasília. Saímos de lá depois de cinco mandatos como referência no setor que salva o Brasil, contando com as empresas de pesquisa e lutando em produzir comida para o mundo. Em pouco tempo, nosso país estará sustentando boa parte do mundo. Parabéns pela realização do congresso. Sucesso a vocês e um grande abraço".
Startups na Agronomia
Na sequência, o XIX Congresso promoveu a palestra "Tecnologias Disruptivas e Inovações - Startups na Agronomia", com o CEO da Startup NetWord Agro, Marcos Ferronato. Ele destacou que a Startup atua em três verticais. "Operamos no solo, em lavouras e atuamos em pastagens. No caso das pastagens, a gente identifica as plantas daninhas que estão dentro de um determinado talhão de forma mais assertiva".
De acordo com ele, essa atuação traz benefícios ao produtor rural. "Isso auxilia lá no campo para um receituário mais assertivo e, desta forma, reduzindo custos no processo produtivo e também aumentando a produtividade. Temos exemplos de aumento que variaram de 3% a 5% que áreas que já monitoramos", destacou Ferronato.
Assessoria do Congresso com adaptações
