Brasília, 8 de março de 2005

Na abertura do Encontro Anual dos Coordenadores de Câmaras Especializadas, realizada na tarde do dia 8, em Brasília, aconteceu uma palestra motivacional proferida pela especialista em inteligência competitiva, Elaine Coutinho Marcial. “É sempre um desafio falar do futuro porque ele é incerto e temos que ter muita consciência sobre isto”, afirmou a palestrante que faz parte da equipe de inteligência do Banco do Brasil.

Os cerca de 300 participantes do Encontro tiveram a oportunidade de debater um assunto que pode ampliar a atuação das câmaras especializadas. “O homem sempre questiona como será o futuro, mas nada sobre ele pode ser afirmado. A minha intenção hoje é trazer pra vocês a provocação e não a resposta sobre ele”, disse a especialista.

Durante a palestra os participantes puderem perceber que os ambientes geopolítico, sócio-demográfico, científico-tecnológico e organizacional são tendências de peso que interferem no futuro. “É necessário avaliar os ambientes para identificar as oportunidades e os perigos. Com isso é mais fácil definir estratégias para as situações”, acrescentou Elaine. Segundo ela é importante refletir sobre as questões para poder prever e assim traçar planos de contingência. 

A palestrante indicou algumas situações que serviram de reflexão como a possível queda de um asteróide na terra, o colapso na produção de energia e a imortalidade da criptografia, por exemplo. Entre as afirmações feitas, uma provocou mais intensamente os participantes: “As incertezas críticas são questões que não se tem certeza do que podem acontecer”. Perguntas como se haverá melhoria no nível educacional, na redução de criminalidade e desemprego ou se faltará energia encheram o público de dúvidas e de autos questionamentos.

Elaine encerrou sua participação afirmando que “muito da construção do futuro é incerto. Vocês têm uma responsabilidade muito grande. Esse país passa pelo conhecimento e habilidades que vocês desenvolverem”.

Reflexão  Para o geólogo e coordenador da Câmara Especializada de Geologia e Minas do Piauí, Rosildo Castelo Branco da Silveira, “a palestra foi interessante e com conteúdo muito importante de ser divulgado. Acredito que os profissionais puderam assimilar as várias interações que pode haver numa mesma situação”.

O coordenador da Câmara de Arquitetura do Acre, Ndiogou Diene, afirmou que a palestra vai contribuir para definir os papéis das Câmaras. “Foi bastante relevante tratar de tentar antecipar as circunstâncias. E isso só consolida as idéias colocadas em debate pelos integrantes das câmaras”, declarou.