Posse de Marcos Túlio e Lélia Sá lota auditório do Senado

Brasília, 22 de fevereiro de 2006

"Lélia e Marcos Túlio"
Senadores, deputados, representantes dos governos Federal, de Minas Gerais e do Distrito Federal, presidentes de entidades de classe, empresários e profissionais da área tecnológica prestigiaram a solenidade que ontem formalizou a posse dos presidentes do Confea, eng. civil Marcos Túlio de Melo e  do Crea-DF, eng. civil Lélia Sá.

A cerimônia, realizada no auditório Petrônio Portela do Senado Federal, reuniu cerca de 900 pessoas que também acompanharam a assinatura do termo de posse de sete conselheiros federais - e seus suplentes - que renovam em 1/3 o plenário federal.

O senador Marcelo Crivella, engenheiro civil por profissão e presidente da Frente Parlamentar da Engenharia, lamentando não poder comparecer, enviou mensagem na qual destaca o papel do Confea no desenvolvimento tecnológico do pais: “São 900 mil profissionais ligados ao Sistema Confea/Crea, responsáveis por 70% do PIB nacional”. Para ele, “a engenharia brasileira tem dado provas de sua capacidade com o desempenho da Petrobrás, por exemplo, e Sistema Eletrobrás”. Crivela acredita que a posse de Marcos Túlio e Lélia traz embutida uma proposta para debates sobre programas e projetos que promovam a justiça social”.

Rodrigo Rollemberg, secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social, ao prestigiar a posse dos presidentes do Confea e do Crea-DF, Rollemberg afirmou que “já existe uma parceria grande com as diversas engenharias, principalmente a agronômica, mas precisamos estreitar mais ainda as relações como o conselho, visando ampliar a inclusão social tanto na cidade quanto no campo”.

Maria do Carmo Lara, deputada federal  pelo PT de Minas Gerais, que prestigiou a posse  “em função da importância do Confea e de um mineiro assumir sua presidência”, informou que “apesar dos embates, a Comissão de Desenvolvimento da Câmara, da qual faz parte,  deve aprovar o projeto de saneamento, de sua autoria, defendendo regras mais claras para a prestação dos serviços do setor”. Do Carmo critica a lentidão da Casa onde o projeto tramita desde 1990. “Isso fica bastante claro diante da implantação do Plano Diretor nos municípios como estabelece o Estatuto da Cidade, mas contamos com o apoio do Confea, parceiro importante na criação de medidas que defendem a sociedade.

"José Médem"
Em sua manifestação, José Médem, ex-presidente da FMOI (Federação Mundial as Organizações de Engenheiros),  que congrega 80 países e tem o Confea entre seus associados,  informou que Brasília sediará, daqui a dois anos, a terceira edição do Congresso Mundial de Engenheiros, o WEC 2008. Ele solicitou a participação de todos na organização do evento que, segundo  ele “confirmará a importância da engenharia brasileira, já reconhecida internacionalmente”.

Aloísio Pimenta,  assessor especial do governo de Minas Gerais, se disse muito satisfeito por ver um filho da terra à frente da maior instituição da área tecnológica do país. “Marcos Túlio de Melo fez uma administração brilhante em suas duas gestões no Crea-MG. O governo de Minas fará o que for possível para apoiá-lo na continuidade desse trabalho, dessa vez à frente do Conselho Federal, porque Marcos Túlio é uma pessoa que faz política com ‘pê’ maiúsculo”.

"Aloísio Pimenta"
Pimenta ressaltou a importância dessa liderança para a concretização, por exemplo, do chamado Estatuto das Cidades, que prevê um prazo até 2006 para a atualização dos planos diretores  instrumentos básicos da política de desenvolvimento e ordenamento da expansão urbana   de cerca de 1700 municípios do país. “É importante que o conselho seja liderado por uma pessoa que tem um trabalho muito ligado aos interesses da sociedade, no sentido de humanizar a tecnologia”, ressaltou.

Paulo Sáfady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), aproveitou a oportunidade para  uma curta mensagem de quem representa a construção civil. “Apoiamos o presidente na certeza de que ele ampliará para o âmbito nacional, no Confea, o trabalho realizado à frente do Crea de Minas.

Ele ressaltou que a palavra de ordem atualmente é “parceria”, seja com a sociedade civil ou com o próprio governo. “Estaremos ao lado de Marcos Túlio, nessa gestão à frente do Conselho Federal, oferecendo o nosso apoio para fazermos um trabalho positivo e profícuo para o futuro do país”, afirmou.

Troca de comando mantem dinamismo no Crea-DF

O que significou ser presidente do Crea-DF? Indagou no início do seu discurso  o ex-presidente, arquiteto Alberto Farias. Para ele, significou “valorizar a engenharia, aperfeiçoar a fiscalização sobre o exercício das profissões ligadas ao Sistema e procurar sanar falhas como a presença de profissionais não habilitados em cargos técnicos do setor público, por exemplo”.

Alberto defende a união de todos para valorizar as profissões “temos que criar soluções, nos organizar e propor um modelo de atuação que nos leve à essa valorização que tem que ser conquistada”.

Antes de passar o cargo para Lélia Sá, que exercerá a presidência do regional distrital até 2008, o ex-presidente se mostrou preocupado “com a visão engessada que se percebe ao olhar o Sistema de dentro para fora”. Para ele, “o Sistema tem que confiar no profissional e simplificar sua atuação, além de encarar os desafios que os avanços tecnológicos e a própria sociedade impõem, exigindo dinamismo nas constantes revisões da legislação pertinente”.

Dinamizar a administração do Crea-DF, implantar a ART on-line, o Crea Jovem e um colegiado que reúna as entidades de classe locais, são alguns dos propósitos da engenheira civil Lélia Sá.  Entre as ações que ela já iniciou está a Fiscalização Preventiva Integrada, que congrega diversos órgãos do Governo do Distrito Federal. Segundo ela, paraense de nascimento e funcionária da Caesb (Companhia de Água e Esgosto de Brasília), sua atuação será baseada em cinco pilares: fiscalização, valorização dos profissionais, parcerias, educação e ética.

Ao finalizar sua manifestação, Lia, como é chamada, afirmou que Marcos Túlio “pode contar com todo o Crea-DF para construir o novo Confea”.

Por Maria Helena de Carvalho e Mariana Zanatta
Da equipe da ACOM