Brasília, 14 de fevereiro de 2006

“O susto com a questão da moralidade do PT e do governo está passando”, foi o que afirmou o diretor do CNT/Sensus, Ricardo Guedes, em entrevista coletiva hoje, 14, na Confederação Nacional dos Transportes, referindo-se ao resultado da pesquisa eleitoral, realizada em mais de 190 cidades do Brasil e que ouviu, aproximadamente, duas mil pessoas. A preferência dos eleitores ao presidente Lula cresceu dez pontos percentuais desde a última pesquisa, quase o mesmo percentual da pesquisa que antecedeu a crise de maio de 2005.

Entre maio de 2005 e novembro de 2006 o número de indecisos aumentou para 60%, percentual revelado na pesquisa de novembro, e voltou a cair para 50%, em fevereiro. Os dez por cento da diferença foram transferidos para Lula. A imagem do presidente foi bastante preservada durante a crise.

Mesmo com o presidente à frente das pesquisas ainda não é possível ter uma noção dos resultados das eleições. A situação política do país ainda é bastante volátil, o que pode acarretar numa mudança brusca da preferência do eleitorado. Nos últimos três anos o governo manteve um bom padrão, um percentual de desempenho pessoal que só caiu há seis meses, devido à crise causada pelas denúncias do ex-deputado Roberto Jefferson. Mas este quadro já demonstra reversão.

O eleitor, segundo Guedes, passou a ter uma avaliação mais racional levantando como critérios mais importantes para a escolha do candidato, os programas sociais, a estabilidade econômica e a queda do custo alimentação, além do aumento do poder de compra para a classe média.

O carro chefe da provável campanha eleitoral do presidente Lula serão: os programas sociais; Prouni (Programa Universidade para Todos); estabilidade econômica; pagamento da dívida de R$ 15 bilhões ao FMI; auxílio à população carente na aquisição de material escolar do ensino público; e marcação de consulta médica via SUS (Sistema Único de Saúde) por telefone em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Por Cibele Abreu
Da equipe da ACOM