Confea e Febrae apresentam WEC2008 ao embaixador do Brasil na Hungria

Brasília, 24 de março de 2006

A missão brasileira que participou do 7º Congresso Mundial de Educação em Engenharia “Mobilidade dos Engenheiros” esteve com os representantes da Embaixada do Brasil na Hungria, ministra Sônia Maria de Castro e conselheiro Francisco Penna, no dia 6 de março. O objetivo da visita foi divulgar a realização da Convenção Mundial de Engenheiros (WEC2008), que será realizada no período de 3 a 6 de dezembro de 2008, em Brasília (DF), Brasil.

De acordo com presidente do Confea, eng. Marcos Túlio de Melo, antecedendo o congresso ocorreu a reunião do conselho executivo da Federação Mundial de Organizações de Engenharia (FMOI), organização que congrega mais de 80 países e é responsável pela política profissional e integração dos engenheiros no mundo. Durante a reunião, foi confirmada a realização da WEC 2008 no Brasil.
  
Marcos Túlio comentou que o Confea é um conselho que congrega mais de 900 mil profissionais entre engenheiros, arquitetos, agrônomos, geólogos, geógrafos, meteorologistas e todos os demais profissionais e têm como missão normatizar e fiscalizar o exercício profissional.
Além disso, o Sistema profissional também está envolvido em várias atividades que garantem a qualidade de vida da população. Destacou que a engenharia brasileira tem dado provas da sua capacidade com o desempenho da Petrobrás, do Sistema Eletrobrás, da Embraer, do agro-negócio, necessitando resgatar um novo projeto para o país através de um debate com o setor empresarial produtivo, o governo e toda a sociedade. “Não podemos adiar este compromisso social das nossas profissões”, enfatizou Marcos Túlio.
           
 A ministra Sônia de Castro agradeceu a visita da delegação do Confea, informou que o embaixador Roberto Soares de Oliveira deixou Budapeste definitivamente e a missão está sob seu comando, acumulando a administração e os assuntos culturais da embaixada. Ela comentou que a Hungria era um país muito bom de se viver, possuindo cerca de 9,8 milhões de habitantes, o que faz com que o país tenha uma densidade populacional alta. A Hungria alcança bons resultados na transição para o livre mercado, integrando o primeiro grupo de países ex-comunistas que passam a fazer parte da União Européia em 2004. A nação ingressa também na aliança militar ocidental, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Questionada sobre as relações comercias entre a Hungria e o Brasil, a ministra citou os acordos mais importantes: acordo de abolição recíproca de vistos de entrada; de cooperação técnico-científica; para evitar a bitributação; de isenção de vistos em passaportes diplomáticos e de serviço; turístico entre governos; aéreo; de cooperação cultural; de cooperação veterinária; de cooperação entre o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas da Hungria, de cooperação entre Apex-Brasil e ITD Hungary.

Já na cooperação econômico-comercial, a exportação húngara gira em torno de U$ 98,0 milhões e a importação com U$ 140,5 milhões, no total U$ 238,5 milhões em 2004. Os representantes das empresas húngaras já tradicionais no mercado (Metrimpex, Medicor, Agroinvest) têm um peso decisivo, fornecendo há décadas, no âmbito de contratos globais assinados por vários anos (1965-1996: no valor de U$ 200 milhões).

O presidente da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (UPADI), eng. Cláudio Amaury Dall'Acqua disse que a missão da sua organização é contribuir com o desenvolvimento da engenharia comprometida com o desenvolvimento econômico-social do continente americano.Comentou também que junto com o Confea e a FEBRAE, busca realizar uma convenção comprometida com o projeto de desenvolvimento econômico e social. 

Marcos Túlio indagou sobre a repercussão na Hungria da política externa brasileira do presidente Lula. Quais as mudanças sentidas naquele país diante da atual conjuntura. A ministra comentou que a que política externa brasileira é do presidente e cabe aos diplomatas cumpri-la. Comentou que o impacto das mudanças se apresentam mais internamente que no exterior.
Cláudio Dall'Acqua salientou que um trabalho articulado entre a embaixada e os organismos que tratam do comércio na Hungria era essencial para abertura de mercado. Lembrou que com a entrada na União européia o desenvolvimento do país começa a se acelerar e o Brasil dispõe de um excelente e competente setor da engenharia e construção.

De acordo com a engª Carmem Eleonôra Amorim, assessora da presidência do Confea, a sociedade hoje participa de um processo de negociação, com divulgação pelo departamento comercial do Itamaraty, que desenvolve ações de auxílio aos exportadores, por meio de diagnósticos sobre o país que receberá a exportação.

Carmem também salientou que as categorias profissionais são convidadas para participar desses processos. Citou como exemplo a participação do Confea em reuniões preparatórias das rodadas de negociação da área de serviços, seja na formação da Alca, na lista de compromissos e estudos para implantação do registro profissional no Mercosul, como no acordo Mercosul/União Européia.

O presidente do Confea ainda lembrou da importância da embaixada possuir informações de perspectivas de mercado. Marcos Túlio sugeriu que a embaixada elaborasse um diagnóstico do potencial da Hungria como um país de possibilidades para os brasileiros. Em seguida, pediu à ministra que divulgasse na Hungria a Convenção Mundial de Engenheiros.

Participaram da delegação do Confea: o 1º vice-presidente e gerente do projeto da WEC 2008, eng. Paulo Bubach; o presidente da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (UPADI); eng. Cláudio Amaury Dall'Acqua; o presidente do comitê de programa da WEC 2008, eng. Luiz Scavarda; o vice-presidente da Febrae, eng. Carlos Moura; o representante da Febrae no SB (Conselho Supervisor da WEC 2008), eng. Jorge Spitalnik e a assessora da presidência do Confea, engª Carmem Eleonôra Amorim.

Colaboração: engª Carmem Eleonôra Amorim