Confea incentiva estreia de congresso nacional de engenheiras

Brasília, 17 de dezembro de 2020.

O Congresso Nacional de Mulheres Engenheiras estreou no dia 11 de dezembro – Dia dos profissionais da Engenharia. Com patrocínio do Confea e promoção do Instituto Feminino de Engenharia (IFE), o evento chamou atenção para o papel da mulher no campo de trabalho e a importância de existir igualdade de gêneros dentro das corporações. Lideranças das esferas públicas e privadas promoveram debates sobre mercado e compartilharam experiências.

1º Congresso Nacional de Mulheres Engenheiras foi realizado nos dias 11 e 12 de dezembro, em Belo Horizonte (MG), e teve transmissão pela internet

 

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Inclusão e respeito

Segundo a engenheira, empresária e presidente do IFE, Alaíze Reis, o segmento da engenharia apresenta muitos desafios para as mulheres. O instituto tem por objetivo mudar este cenário pouco a pouco. “Estamos na era da inclusão de gênero e do respeito acima de tudo. No caso da engenharia, podemos dizer que ainda é um setor masculino, e o IFE vem, incansavelmente, buscando um equilíbrio organizacional”, comenta. Para ela, essa maior consciência por parte dos CEOs vem ocorrendo justamente por conta da promoção de discussões sadias, como o caso do Congresso.

Na avaliação do presidente do Confea, a iniciativa do IFE merece reconhecimento por promover o crescimento exponencial da profissão. “Incentivamos ações que inspiram e engajam mulheres a ocuparem mais espaços nas áreas da engenharia, agronomia e geociências, assim como estamos fazendo por meio do Programa Mulher, projeto desenvolvido pelo Confea cujo objetivo é contribuir para discussão de temas relacionados à inserção das profissionais no mercado de trabalho, à representação no Sistema e também a assuntos mais próximos da realidade delas”, enfatizou o eng. civ. Joel Krüger.

Painel teve participação do eng. civ. Bernardo Abraão, conselheiro do Crea-MG e coordenador da Comissão de Educação (2º da dir. p/ esq.)


50%/50%

Para Alaíze, é importante reforçar que não basta as empresas incentivarem mais participação feminina. “É preciso desenvolver a estrutura organizacional, trabalhar a cultura interna, o viés inconsciente, para poder reter essas mulheres, e que elas possam fazer parte da empresa como um único time de sucesso. Além disso, há a questão da representatividade e de sororidade entre elas: se outras mulheres são promovidas, valorizadas, e apoiam outras mulheres, automaticamente eu vou me sentir motivada a dar meu melhor para poder crescer”, completa a presidente do IFE.

E qual o melhor cenário para essas profissionais? “Seria 50%/50%! Acreditamos que trabalhar com as mesmas chances de crescimento dos homens é o ideal e, inclusive, já deveria ser o modelo implantado em todas as empresas e organizações, sejam públicas ou privadas’’, conclui.

Evolução lenta
Durante a realização do Fórum Econômico Mundial 2019 em Davos, na Suíça, foi apresentado que o Brasil tem um dos piores índices de desigualdade entre homens e mulheres na América Latina. Segundo pesquisa mais recente, realizada pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), houve uma evolução na proporção de mulheres que ocupam cargos de liderança, mas ainda é lenta. Atualmente elas ocupam 26% dos cargos de diretoria nas empresas e a estimativa é de que leve pelo menos 59 anos para que o país conquiste a igualdade de gênero no mercado de trabalho.

 

Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea
Com informações Instituto Feminino de Engenharia (IFE)