XXI Conbep debaterá segurança jurídica e tecnologias da aquicultura

De 21 a 24 de outubro deste ano, Manaus receberá o Congresso Brasileiro de Engenharia de Pesca, realizado bienalmente pela Federação Nacional dos Engenheiros de Pesca do Brasil (Faep-BR), sempre em parceria com Associação dos Engenheiros de Pesca do estado que recebe o evento (em 2019, com a AEP-AM). Principal fórum nacional de intercâmbio técnico-científico da área, em sua 21ª edição o Congresso traz como tema principal “Engenharia de Pesca: desafios e conflitos da gestão multidisciplinar sobre aquicultura e a pesca no Brasil”.

Presidente Joel; presidente da Faep-BR, eng. pesca Elizeu Augusto de Brito; e o chefe de gabinete, Antonio Rossafa

“Os desafios principais são a produção aliada à preservação ambiental e à segurança jurídica”, explica o presidente da Faep-BR, eng. pesca Elizeu Augusto de Brito. “A criação de gado ocupa uma base territorial que tem escritura, que tem um proprietário. Não existe escritura de proprietário das águas. As águas pertencem a toda a comunidade”, detalha. Durante o Colégio de Presidentes, em Natal, Elizeu foi recebido pelo presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, e pelo chefe de gabinete, Antonio Rossafa, que convidaram todos os presidentes de Creas a participar do evento. Durante o Colégio de Presidentes, em Natal, Elizeu foi recebido pelo presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, e pelo chefe de gabinete, Antonio Rossafa, que convidaram todos os presidentes de Creas a participar do evento.


O XXI Conbep abordará também os avanços na tecnologia e inovação de processos voltados para o aumento da produção. De acordo com a justificativa do projeto do evento, a partir da preservação dos estoques pesqueiros e da manutenção da capacidade de suporte dos ecossistemas aquáticos, é possível elevar a renda para todos os setores das cadeias produtivas do pescado.

De acordo com Brito, o Congresso espera participação de mil interessados brasileiros e estrangeiros, entre profissionais, estudantes, pesquisadores, professores, técnicos, pescadores, aquicultores, empresários e representantes de instituições. O evento tem apoio do Confea, do Crea-AM, do Governo Federal, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para incentivo à pesquisa no Brasil (CNPq), entre outras instituições.

Trabalhos técnicos

Boa parte da programação do Congresso contempla apresentações orais e de banners de trabalhos técnicos nas áreas de aquicultura, pesca, genética, ecologia, fisiologia, patologia, extensão pesqueira e aquícola, tecnologia de pesca e do pescado e de sanidade de animais aquáticos. Na manhã desta sexta-feira (16), o presidente da Faep-BR afirmou que a organização tinha recebido 50 trabalhos e que, até o encerramento do prazo de envio, esperava atingir a quantidade de 300. Interessados podem inscrever trabalhos técnicos até 30 de agosto. Conheça as normas de submissão dos trabalhos.
 

 

Programação

A palestra de abertura do Congresso, na noite de 21 de outubro, será ministrada pelo diretor de Aquicultura da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Maurício Pessoa e versará sobre o tema principal do evento. No dia seguinte, a conferência magna tratará de desenvolvimento sustentável no âmbito das ciências pesqueiras, com apresentação de Rodrigo Roubach, biólogo brasileiro que hoje atua como oficial sênior de Aquicultura na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. Além das palestras magna e de abertura, outras seis compõem a programação do evento. Entre elas, uma que tratará do potencial de cultivo de pérolas no Brasil.


Veja a programação completa


A extensa programação abarca também oito mesas-redondas, cada uma com três subtemas. Dessas, o presidente da Faep-BR destaca o debate sobre produção e inovação em aproveitamento de resíduos de pescado e o desafio de atender a legislação ambiental. “O produtor precisa de segurança jurídica. Precisamos de um governo que emita legislação e que, legalmente, favoreça o setor, permita que ele se instale nas áreas. A pesca e a aquicultura não consomem água. Elas apenas usam aquele ambiente para desenvolver seus animais. Não tem como não termos o desenvolvimento sustentável. O animal aquático é um indicador de poluição. Se quem cria fizer qualquer coisa errada, o prejuízo vem a galope. A consciência de fazer com que o animal viva confortavelmente é do produtor. É ele quem tem a obrigação de, se quiser ter o seu negócio, manter o equilíbrio ambiental”, defende Brito.

O XXI Conbep realizará, ainda, 11 minicursos, dos quais Brito destaca o que tratará sobre o aproveitamento integral do pescado e elaboração de produtos para fast food, e o de uso de drones na aquicultura. Veja a lista dos minicursos. Brito destaca também o IV Workshop sobre Pirarucu, programação paralela ao evento, que tratará da governança da produção da espécie; reprodução e genética; nutrição e sanidade; e tecnologia pós-colheita e comercialização.

Outros eventos que correrão lateralmente são o III Seminário de Discussão (Workshop) sobre Assistência Técnica e Extensão Pesqueira, o Encontro de Estudantes de Engenharia de Pesca, o Encontro Nacional dos Diretores/Coordenadores dos Cursos de Engenharia de Pesca e a Expo Conbep 2019: Feira da Pesca e Aquicultura, que irá reunir empresas, instituições governamentais e não governamentais envolvidas direta e indiretamente com o setor pesqueiro e aquícola do país.
 

Beatriz Craveiro, Fernanda Pimentel e Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea