Emoção, espírito de luta e troca de experiências marcam 1ª reunião do Fórum Capixaba de Mulheres da Área Tecnológica

Foi com emoção, espírito de luta e troca de experiências que se desenvolveu a primeira reunião do Fórum Capixaba de Mulheres da Área Tecnológica na última quarta-feira (11), no auditório do Crea-ES. Além das palestras, dos depoimentos e da participação ativa do público feminino, o encontro foi um marco na organização de mulheres na busca por mais espaços, equidade e valorização profissional.
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Na abertura, a presidente do Crea-ES, engenheira civil Lúcia Vilarinho, acolheu as participantes, lembrando a sua história de luta pelas mulheres, quando ainda estava no Sindicato dos Engenheiros do Espírito Santo (Senge-ES). “Isso tudo começou lá atrás. Agora temos que ocupar o lugar que merecemos. Estamos dando o pontapé inicial para um tempo em que a gente possa avançar na busca por mais direitos para a mulher”, frisou Lúcia.

A primeira apresentação da noite ficou por conta da gerente de Relações Institucionais do Confea e coordenadora do Programa Mulher, engenheira eletricista e de segurança do trabalho Fabyola Gleyce. Ela, que está à frente do Programa Mulher do Conselho Federal, expôs um pouco da trajetória percorrida para conseguir aprová-lo. 

 “O Programa Mulher está intimamente ligado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 05 da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata justamente da igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas. Foi uma grande conquista aprovada por unanimidade. Sem dúvidas, é o trabalho mais gratificante que já fiz na vida”, destacou Fabyola.

A ouvidora do Crea-PB, engenheira agrônoma Almeria Carniato, pontuou a necessidade de trabalhar a equidade de gênero.  Segundo ela, o Sistema é eminentemente masculino. São poucas as mulheres que chegam ao poder. Portanto, é necessário construir uma cidadania dentro de um modelo de desenvolvimento includente. “Nós temos que nos organizar, não ocupar o poder pelo poder mas para se reafirmar enquanto mulheres engenheiras no Sistema Confea/Crea nas entidades de  Engenharia”, explicou.

Empoderamento

A vice-governadora, Jaqueline Moraes, falou as participantes da primeira reunião do Fórum sobre suas experiências acerca de sua luta por equidade. “Nós estamos trazendo justamente dentro de nossa pauta a visibilidade das mulheres e participar de um evento como esse, pra mim, soma a essa agenda, que já tem sido muito positiva para as mulheres do Espírito Santo, hoje ter uma mulher na presidência no Crea-ES”, revelou.

Ela continua. “Trazer as mulheres para essa questão da tecnologia, da inovação que o nosso governo tem falado tanto, pra mim é uma grande conquista. A participação das mulheres principalmente nessa área tecnológica e na área da inovação também, faz parte da nossa agenda de visibilidade das mulheres”, destacou a vice-governadora.

Roda de conversa

Após as apresentações, teve início um dos melhores momentos do evento: a roda de conversa. Com perguntas e manifestações alinhadas ao espírito do movimento de avanço nas causas da mulher, o debate fluiu com intervenções a maioria das presentes.

As contribuições foram inúmeras. Da suplente de senadora, a engenheira de produção Ana Paula Tongo, que narrou casos de assédio moral ocorridos com engenheiras, passando pela estudante de Engenharia de Produção, Ana Kécilly Costa Vieira, que disse estar bem feliz em estar na primeira reunião do Fórum. Ana integra a ONG “Engenheiros sem Fronteiras”. 

Uma das participantes da mesa na roda de conversa foi a diretora-geral da Caixa de Assistência aos Profissionais do Crea-ES – Mútua-ES, engenheira geóloga Leila Issa. Ela apresentou a sugestão de que as próximas reuniões do Fórum sejam mensais, além de apontar um tema a ser abordado na próxima reunião. “Temos que falar sobre a saúde da mulher na Engenharia, na Agronomia e nas Geociências. É um tema que deve ser debatido aqui neste Fórum”, salientou.

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Equipe de Comunicação Crea-ES