Delegados exigem transparência para as propostas aprovadas no CNP

Palmas (TO), 20 de setembro de 2019.

A cada três anos, milhares de profissionais das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências, de alguma forma ligados às atividades de seus respectivos Conselhos Regionais, vestem com orgulho a camisa do Sistema Confea/Crea para se dedicar, literalmente de corpo e alma, à realização do mais importante evento de aprimoramento legislativo do setor – o Congresso Nacional de Profissionais. Tudo tem início com a iniciativa dos Creas de realizar encontros locais e alguns deles o fazem ao longo de meses ou de um semestre.

É a hora do abnegado profissional propor benfeitorias para o Sistema e as melhores propostas estaduais são encaminhadas para o Confea, para sua devida sistematização e encaminhamento à análise dos delegados que participam do encontro nacional. “O que se espera” – afirma o eng. civ. Ubiratan Oro, diretor administrativo do Crea-RS e delegado de seu estado no CNP – “é que as propostas sejam implementadas”.

 

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O conselheiro do Crea-SP, eng. civ. Edelmo Terenzi, um dos coordenadores do Congresso Estadual de Profissionais em seu estado, concorda com o colega gaúcho. “Depois de tanto empenho em nome do desenvolvimento das nossas profissões, é o mínimo que podemos esperar: a transparente divulgação do andamento das propostas para todos os participantes e também para a sociedade” – diz o paulista.

Expectativa em xeque

No entanto, um questionamento levantado por outro engenheiro civil do Sistema, também delegado no CNP, Sérgio Barbosa de Souza, conselheiro por dois mandatos no Crea-PR, põe em xeque essa expectativa. Sérgio sugeriu durante a Plenária do CNP a inserção de mais um artigo no Regimento do Congresso, que estabeleceria a obrigatoriedade de o Conselho Federal na divulgação, ano a ano, de forma transparente e massiva, quanto à destinação de todas as propostas do último CNP, “para que todos saibam se foram implementadas, em que instâncias, e se estão em andamento”. “Essa demanda – diz Sérgio – reflete um sentimento praticamente unânime nas nossas categorias. E, na verdade, não temos tido qualquer satisfação a respeito”.

O engenheiro Ubiratan Oro entende que tal proposta pode ser de caráter regimental – no caso, válida para o próximo CNP, daqui a três anos – ou mesmo deliberativa. “É claro que há de se respeitar o rito de análise de uma ideia desse tipo, mas nós merecemos que nossa voz seja ouvida de forma efetiva” – diz Ubiratan. “Afinal” – conclui Sérgio – “somos nós que estamos na linha de frente do Sistema e conhecemos as reais soluções para o aprimoramento das nossas profissões”.

Reportagem: Guilherme Monteiro (Crea-SP)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação do 10º CNP
Fotos: Marck Castro/Confea